Será que não precisamos mudar de postura e acreditar mais no nosso Brasil?

Site britânico Marketing Week ressalta que o Brasil não pode mais ser ignorado
pelas empresas. Aposta das marcas é investir no digital e na cultura local
O Brasil recentemente passou o Reino Unido e se
tornou a sexta maior economia do mundo, atraindo os olhares britânicos. Este foi
o gancho que o site
Marketing Week usou para publicar um
dossiê sobre o consumo brasileiro, dizendo que não se pode
mais ignorar este mercado, mas já faz tempo que o país atrai os olhares
estrangeiros. A maior aposta das marcas internacionais para começar seus
negócios por aqui é investir no relacionamento pela internet e adicionar um
sabor local às ações de Marketing e até aos produtos.
De acordo com uma pesquisa da Forrester Research,
o Brasil tem atualmente 91 milhões de pessoas online, o que equivale ao terceiro
país com mais usuários na internet. Este é um fato que potencialmente agrada a
qualquer marca, já que abre a oportunidade de realizar Marketing digital, sem a
necessidade de um grande orçamento por trás. A popularização do smartphone nos
últimos anos, que só deve aumentar, também dá a chance para os profissionais se
anteciparem em relação a ações mobile. O site sugere que as marcas prestem
atenção nesta tendência e que invistam mais em estratégias digitais do que na
abertura de muitas lojas.
Tempero brasileiro
A
aposta na internet como relacionamento é efetiva, mas não é o suficiente. O site
argumenta que não adianta tentar ter sucesso no país sem incorporar a cultural
local, de alguma maneira. A marca deve ser relevante para a vida do consumidor
brasileiro. Como sugestão, está o patrocínio de eventos nacionais, sempre com um
elemento digital. Com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 a caminho, abrem-se
diversas oportunidades neste campo.
Além de se relacionar com o estilo de vida local,
também é recomendado que se adicionem alguns detalhes mesmo nos produtos, para
se adaptar ao mercado. Como exemplo, a Unilever lançou para o Fruttare sabores
como de goiaba e maracujá existentes apenas aqui. A Pantene também adaptou sua
receita do Pantene Pro-V ao mercado nacional, com menos química, após perceber
que os brasileiros usam mais condicionador do que outros povos.
Para complementar, a mensagem também deve se
encaixar com as características nacionais. Para os britânicos, algumas das mais
fortes são o otimismo, a energia e a felicidade.
Brasilidade também na
infraestrutura
Além de pensar localmente para as mensagens de
Marketing, também é preciso entender as particularidades em relação à estratégia
de negócios. Em parte para evitar as altas taxas de importação, marcas como a
Apple e a Nissan possuem bases de produção dentro do país.
Segundo o site, mesmo se a empresa não quiser ir
tão longe, é essencial ter funcionários brasileiros na equipe. Para isso, outro
conselho é formar parcerias com as empresas locais, pelo menos para entender o
modelo de negócios.
Diferença entre
regiões
Um ponto bem lembrado é a preocupação com as cinco
distintas macro-regiões do país, cujo tamanho não se compara com o da
Inglaterra. Alguns produtos têm um consumo muito diferente entre as regiões e a
própria mensagem não é uniforme. Como exemplo, o Nordeste é citado como mais
interessado nas músicas e ingredientes culinários locais.
Já São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas
cidades mais internacionais e cosmopolitas, com mais influências de fora,
especialmente em relação à música e às mídias que utilizam. O Marketing Week
cita a Johnnie Walker como um case neste quesito, reforçando a herança familiar
em algumas áreas enquanto apresenta a marca como um símbolo de sucesso
individual em outras.
Pontos fracos
O site diz
que o Brasil deveria estar no radar de todo profissional de Marketing, mas
mostra que nem tudo é simples. Como maiores pontos negativos estão o
protecionismo e a burocracia. Para ultrapassar este quesito é preciso de mais
investimento do que nas outras áreas, além de tempo.
O Marketing Week cita também que os consumidores
brasileiros prezam o relacionamento e os modos de negócios são muito baseados
nesta estratégia. A necessidade de um compromisso a longo prazo é mostrada como
uma questão problemática.
A preferência dos brasileiros por marcas já
reconhecidas também pode ser uma dificuldade para pequenas empresas que desejam
ter sucesso no país. Para as marcas menores, as altas taxas de importação são
ainda mais desafiadoras.
Fonte: @admnews
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